LOCALIZAÇÃO DE NOSSOS SÍTIOS.

As atividades desenvolvidas pelos pesquisadores e estudantes do grupo MASSA são efetivas em três distintos sítios localizados nas Bacias do Curu e Alto Jaguaribe.

SÍTIO I
Localiza-se na Fazenda Experimental Vale do Curu (FEVC) propriedade pertencente à Universidade Federal do Ceará (UFC), localizada no município de Pentecoste (Figura 1). Este sítio é composto por cinco fragmentos como se segue: uma microbacia onde desenvolvem-se pesquisas sobre escoamento superficial e perdas de nutrientes e quatro fragmentos de uso e ocupação do solo – Caatinga em regeneração, Caatinga raleada, área de pastejo animal e cultivos agrícolas. Nestes quatro fragmentos são pesquisados aspectos relacionados ao estoque de biomassa e carbono no bioma Caatinga, nos quais se busca quantificar o armazenamento nos usos e ocupação do solo supracitado. Os principais solos encontrados na área de estudo pertencem às classes Argissolo, Luvissolo, Neossolo e Planossolo.

 

Figura 1 – Localização do Sítio I – Fazenda Experimental do Vale do Curu – FEVC

 

O clima da região é do tipo BSw’h’ (Semiárido quente), com temperatura média mensal sempre superior a 18 ºC. As chuvas apresentam uma distribuição unimodal, iniciando em fevereiro/março e estendendo-se até junho, com máximas ocorrências em março e abril. As precipitações pluviométricas médias anuais ficam em torno da isoieta de 700 mm. A distribuição mensal é marcada por alta variabilidade temporal e espacial, podendo em um único mês, concentrar um acumulado superior ao total anual de um ano seco.

A estrutura de cobertura vegetal arbustiva-arbórea da área nativa é composta predominantemente por Sebastiana macrocarpa Mull. Arg. (Sebastiana), Bauhinia cheliantha (Bong) Steud (Mororó) e Piptadenia stipulacea (Willd.) Poir. (Jurema branca). O estrato arbustivo-arbóreo da área sob pastejo animal é constituída principalmente por Croton blanchetianus Bail. (Marmeleiro) (Figura 2). As áreas de cultivo agrí­cola são formadas em quase sua totalidade pelas culturas de milho e sorgo forrageiro.

 

Figura 2 – Fragmento da caatinga raleada na FEVC durante a estação chuvosa e seca

 

SÍTIO II
Reservatórios públicos da Bacia do Curu: área de estudo formada pelos açudes Pereira de Miranda, General Sampaio e Caxitoré. Nestas áreas investiga-se os indicadores físicos/químicos/biológicos como suporte para um modelo de monitoramento de qualidade de água por sensoriamento remoto, além do Carbono depositado durante o processo de sedimentação.

 

 

Figura 3 – – Localização do Sítio II – Reservatórios estratégicos da bacia hidrográfica do Curu

 

 

SÍTIO III
Este sítio é composto por quatro microbacias representativas do bioma Caatinga onde busca-se identificar e quantificar o manejo sustentável do capital natural em distintos usos do solo. As mesmas estão localizadas no município de Iguatu, as quais estão inseridas na bacia do Alto Jaguaribe. A área é de domínio do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) – Campus de Iguatu (Figura 4).

O clima da região é do tipo BSw’h’ (Semiárido quente), com temperatura média mensal sempre superior a 18 ºC. As chuvas apresentam uma distribuição unimodal, iniciando em janeiro e estendendo-se até maio, com precipitações pluviométricas médias anuais de 863 mm. Trata-se de um regime concentrado, onde em média 60% do total de chuva precipitada ocorre nos meses de março e abril. A distribuição mensal é marcada por uma alta variabilidade temporal e espacial, podendo em um único mês, concentrar um acumulado superior ao total anual de um ano seco.

 

Figura 4 – Localização do Sítio 3 – Microbacias Experimentais de Iguatu – 6°23’43”S; 39°16’29”W

 

A estrutura de cobertura vegetal da área é composta por extrato arbóreo-arbustivo e herbáceo (Figura 5). No arbóreo-arbustivo existe uma predominância do Aspidosperma pyrifolium Mart (pereiro), Anadenanthera macrocarpa (angico) e Croton sonderianus Muell.Arg (marmeleiro). Já para o extrato herbáceo o mesmo é formado, principalmente por Hyptis sauaviolens (L.) point (banbural), Hyptis sp. (melosa) e Cróton sp (velame).

 

 

Figura 5 – Caatinga na estação chuvosa e na estação seca